Oh! Senhores. Ouvi, escutai
O ribombar dos canhões
O fragor de mil granadas
Mil fogos, mil clarões.
Escutai crianças chorando
Faces roxas, maceradas.
Ai! quantos pais soluçando
E quantos velhos rezando
Pela paz mil orações.
Tanto sangue derramado,
Tanto jovem mutilado,
Tanto amor sacrificado
No altar das ambições.
Ho! Senhores, Senhores!
Escutai gritos lancinantes
Entre a impiedosa chuva da metralha.
Olhai a imensa câmara de horrores
Centenas de seres agonizantes
Vitimas inocentes da batalha.
Senhores, Senhores!
Vós que pisais chão alcatifado
De majestosos, quentes gabinete.
Governo deste mundo alucinado.
Vós . Que fazeis da raça humana marionetes.
Lembrai-vos que a vida é fugidia,
Também para vós a morte marcou dia
A sua foice afiada não tem dó
Em breve não sereis mais do que pó.
Vós que na terra brilhastes como Sois
Mostrareis no Alem a valentia.
Vós na vossa consciente covardia,
Ordenastes aos outros: «Sede heróis!»
Não Senhores. Não! Por piedade...
Que sejam do arado os sulcos da Mãe Terra!
Deixai viver em paz a humanidade,
Que jaz prostrada , enfim farta de guerra.
GUTA SANTOS 7-1-1972
O ribombar dos canhões
O fragor de mil granadas
Mil fogos, mil clarões.
Escutai crianças chorando
Faces roxas, maceradas.
Ai! quantos pais soluçando
E quantos velhos rezando
Pela paz mil orações.
Tanto sangue derramado,
Tanto jovem mutilado,
Tanto amor sacrificado
No altar das ambições.
Ho! Senhores, Senhores!
Escutai gritos lancinantes
Entre a impiedosa chuva da metralha.
Olhai a imensa câmara de horrores
Centenas de seres agonizantes
Vitimas inocentes da batalha.
Senhores, Senhores!
Vós que pisais chão alcatifado
De majestosos, quentes gabinete.
Governo deste mundo alucinado.
Vós . Que fazeis da raça humana marionetes.
Lembrai-vos que a vida é fugidia,
Também para vós a morte marcou dia
A sua foice afiada não tem dó
Em breve não sereis mais do que pó.
Vós que na terra brilhastes como Sois
Mostrareis no Alem a valentia.
Vós na vossa consciente covardia,
Ordenastes aos outros: «Sede heróis!»
Não Senhores. Não! Por piedade...
Que sejam do arado os sulcos da Mãe Terra!
Deixai viver em paz a humanidade,
Que jaz prostrada , enfim farta de guerra.
GUTA SANTOS 7-1-1972